História

A história do Departamento de Economia (ECO) em muito se confunde com a história da Universidade de Brasília (UnB).

Em 15 de janeiro de 1962, por meio Decreto nº 500, foi instituída a Fundação Universidade de Brasília (FUB), aprovado seu estatuto e a estrutura da UnB, inaugu rada em 21 de abril de 1962. O Plano Orientador da UnB estabelecia que a nova universidade seria constituída em torno de oito institutos centrais, com desdobramentos em departamentos e faculdades. Entretanto, seu corpo docente não esperou essas definições para iniciar as atividades acadêmicas. Uma resolução do Conselho Diretor autorizou a implantação imediata de três cursos transitórios (considerados cursos-tronco) que constituíram o embrião da UnB. Eram eles os cursos de direito, economia e administração; arquitetura e urbanismo; e letras brasileiras, abrangendo literatura e jornalismo.

O ECO está, assim, prestes a completar 60 anos. O Programa de Pós-graduação em Economia (PPGECO) é um pouco mais jovem. No início dos 1970s jovens e talentosas(os) economistas voltavam ao Brasil após a conclusão dos seus doutorados, principalmente, em universidades dos EUA e Reino Unido. Alguns delas e deles convergiram para a UnB: Edmar Bacha, Flávio Versiani, Maria Tereza de Oliveira, Ricardo Lima, Charles Mueller, entre outros e criaram o PPGECO: o Mestrado em Economia (na verdade, em Política Econômica). Logo em seu início o Mestrado em Economia da UnB vai se unir a outros PPG em Economia (USP, UFBA, FGV, UFPE) para criar a Associação Nacional de Pós-graduação em Economia, a ANPEC. Tudo isso em 1973.

Nas duas décadas seguintes, o PPGECO consolidou-se como um dos melhores Mestrados em Economia do Brasil. Nas avaliações realizadas pela CAPES obteve nota A (ordenamento de então) durante praticamente duas décadas. Seus professores e mestres formados desempenharam papéis relevantes na gestão pública brasileira: um reitor, dois senadores, presidente do Banco Central, Ministro de Estado, secretários estaduais. Muitos seguiram para seus doutoramentos e transformaram-se em professores de universidades brasileiras e estrangeiras. Internamente, os discentes do PPGECO passaram a se organizar em núcleos/grupos de pesquisa, incentivados pela administração da UnB e por iniciativas do CNPq.

Tudo isso estimulou o corpo docente a galgar novos degraus. A década dos 1990s trouxe inúmeras mudanças que colocaram o PPGECO em um patamar ainda mais elevado de qualidade acadêmica. Em 1996 é iniciado o Doutorado em Economia. Para a primeira turma foram selecionados cinco doutorandos (as), evidencia da cautela que sempre caracterizou as decisões do corpo docente do PPGECO: crescer sem sacrificar a qualidade das atividades de ensino e de pesquisa. Com essa garantia, atingimos a seleção de vinte discentes por ano ao longo dos últimos cinco anos.

Em 1997 um novo degrau foi galgado. Um dos núcleos de pesquisa do PPGECO foi o primeiro núcleo com sede na UnB a ser selecionado pelo PRONEX – Programa Nacional de Apoio aos Núcleos de Excelência do MCT/CNPq/Finep (criado pelo Decreto Nº 1.857, de 10 de Abril de 1996). A escolha do NEPAMA – Núcleo de Estudos e de Políticas Agrícolas e do Meio Ambiente (atualmente CEEMA – Centro de Estudos em Economia, Meio Ambiente e Agricultura) consolidou a organização de professores, mestrandos (as) e doutorandos (as) em grupos/núcleo de pesquisa no PPGECO. Ela desencadeou, também, uma análise interna sobre a conveniência de incorporar os grupos/núcleos de pesquisas já consolidados como linhas de pesquisa/áreas de concentração no PPGECO.

O ano seguinte (1998) marca o início de mais um componente no PPGECO da UnB: a criação dos mestrados profissionais. Dois núcleos consolidados (CEEMA e o NESP – Núcleo de Economia do Setor Público) aprovam, em todas as instâncias regimentais da UnB e na CAPES/MEC, dois Mestrados Profissionais: a) Gestão Econômica do Meio Ambiente e b) Economia do Setor Público. Foram os dois primeiros mestrados profissionais da UnB. Além do pioneirismo, os dois – que continuam funcionando com sucesso e qualidade vinte anos depois – motivaram a criação de outros mestrados profissionais. Adiciona-se a isso o estabelecimento de uma fonte inesgotável de temas atuais para pesquisas científicas e de futuros candidatos ao Doutorado em Economia.

O início do corrente século encontra o PPGECO estruturado em um robusto tripé: Mestrado Acadêmico (ANPEC), Mestrados Profissionais e Doutorado em Economia. Dois aperfeiçoamentos ocorrem ao longo desses últimos vinte anos. No final da década passada foram explicitadas, no Doutorado em Economia, quatro linhas de pesquisa/áreas de concentração que refletem os núcleos/grupos de pesquisa estabelecidos. Já ao final desta década, estabeleceu-se um novo organograma do PPGECO, atualizando sua forma, sem alterar a sua essência.